Por Amanda Ferreira
Idealizado em 2005 pelo Juiz de Direito João José Rocha Targino, tendo em vista incluir socialmente crianças e adolescentes através da música, o projeto Orquestra Criança Cidadã, que contempla crianças que moram em um dos bairros mais perigosos do Recife, o Coque, completa mais um ano de descoberta de talentos e música erudita por mãos e sopros infantis.
O Maestro conceituado Cussy de Almeida, violinista e compositor, nascido em Natal/RN, falecido há duas semanas, ingressou nos grandes Conservatórios de Música na Europa durante sua adolescência. No mesmo período, participou dos seus primeiros concertos e três anos depois voltou ao Brasil e deu continuidades a projetos e criações de diversas orquestras.
Nos últimos quatro anos, abraçou o projeto Orquestra Criança Cidadã e se dedicou a executar a música popular e conciliá-la à erudita, com instrumentos típicos do Nordeste (rabecas e violas). Cussy de Almeida se preocupou em ensinar música e dar cidadania às crianças do Coque e sempre dizia: “A inteligência e a capacidade, sobretudo dos brasileiros, está nas camadas mais baixas da população”. Em todas as apresentações com as crianças, o Mestre e Maestro emocionava o público e demonstrava seu amor e excelência pela música. “Mais do que a musicalidade, ele nos ensinou a formar um caráter, a formar um cidadão”, conta o Juiz e amigo, João Targino.
Indicado pela ONU como um dos melhores projetos de inclusão social do mundo – a Orquestra Criança Cidadã completa hoje, quinta-feira (5), quatro anos de existência e fará uma apresentação em homenagem aos 21 anos sem o rei do baião – Luiz Gonzaga. É a primeira vez que os meninos se apresentarão sem a regência de Cussy de Almeida.
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